Dessa vez eu não estava lá para defender”, disse Josiane Aparecida Gomes dos Reis durante júri popular, na manhã desta quinta-feira (28). A testemunha é irmã de Josilaine Maria Gomes dos Reis, morta a facadas pelo marido, Edésio Alves de Assunção. O homem é julgado na 1° Vara Criminal de Cuiabá, em audiência presidida pela juíza Mônica Catarina Perri.
A irmã foi a primeira testemunha a ser ouvida e disse que o homem sempre foi agressivo, mas a situação piorou com o nascimento do filho do casal. Ele também fazia tortura psicológica e ameaçava matar a mãe e a família da vítima.
O casal conviveu por 7 anos e o relacionamento sempre foi conturbado. Ambos trabalhavam no Hospital Estadual Santa Casa de Misericórdia e, por conta da escala, eles se viam mais nas folgas. Essa falta de convivência incomodava o homem.
“Ele ameaçava. Quando ela largava dele, voltava para casa da mãe, ela voltava à base de ameaças. Se não fosse dele não seria de mais ninguém. Tortura psicológica”, contou a irmã ao juízo.
A mulher morou um tempo com o casal e via as brigas. Ela intervia quando podia e se mudou para Várzea Grande, após comprar casa. Assim deixou o casal e os filhos sozinhos.
“Abandonei minha irmã no momento que ela mais precisava. Dessa vez, eu não estava lá para defender. Ela era muito alegre. Não tinha problema que a afetasse. [...] Monstro matou minha mãe. Ele não chama mais de pai. Dudu ficou sem ninguém, ele chora, tem pesadelos”, conta a testemunha.
A irmã disse que, dias antes do dia do crime, a vítima pediu que cuidasse dos filhos. Principalmente da “princesinha”, pois ela não viveria muito. “Edésio não vai deixar”, disse à irmã.
A vizinha e amiga de infância da vítima, Greice Neri Campos dos Santos, também foi ouvida. A filha mais velha de Josilaine, Carol, ligou para ela logo após ver o acusado matar sua mãe a facadas. A mulher e os 3 filhos estavam dormindo na mesma cama, quando o homem se aproximou a passou a esfaquear a mulher.
“Ela disse que não gritou porque o pai ameaçou matar as crianças se gritassem. Ela contou que ele mandou que fossem para o quarto e ficassem lá”, lembrou a testemunha aos prantos.
Greice disse que a menina sempre ficava na sua casa e foi ela quem ligou por chamada de vídeo, mas não conseguiu falar nada. Logo em seguida, a mulher e o marido saíram na rua para irem até a casa da vítima, quando ouviram pedido de socorro.
Ouvi aquele socorro doído, ela com os irmãozinhos um em cada mão. [...] Eles falavam coisa com coisa, acho que porque estavam muito abalados após verem a mãe sendo morta. Para mim que moro ali perto é um vazio, uma tristeza, imagina para eles”, narrou a testemunha.
O caso
Josilaine Maria Gomes dos Reis era técnica de enfermagem e foi morta a facadas pelo marido, no dia 6 de outubro de 2021. O crime ocorreu em frente aos 3 filhos do casal e ela morreu ainda na casa.
Após o crime, o homem se esfaqueou, mas sem gravidade. Ele foi preso e confessou o feminicídio.
As crianças são criadas pelos avós.
A irmã foi a primeira testemunha a ser ouvida e disse que o homem sempre foi agressivo, mas a situação piorou com o nascimento do filho do casal. Ele também fazia tortura psicológica e ameaçava matar a mãe e a família da vítima.
O casal conviveu por 7 anos e o relacionamento sempre foi conturbado. Ambos trabalhavam no Hospital Estadual Santa Casa de Misericórdia e, por conta da escala, eles se viam mais nas folgas. Essa falta de convivência incomodava o homem.
“Ele ameaçava. Quando ela largava dele, voltava para casa da mãe, ela voltava à base de ameaças. Se não fosse dele não seria de mais ninguém. Tortura psicológica”, contou a irmã ao juízo.
A mulher morou um tempo com o casal e via as brigas. Ela intervia quando podia e se mudou para Várzea Grande, após comprar casa. Assim deixou o casal e os filhos sozinhos.
“Abandonei minha irmã no momento que ela mais precisava. Dessa vez, eu não estava lá para defender. Ela era muito alegre. Não tinha problema que a afetasse. [...] Monstro matou minha mãe. Ele não chama mais de pai. Dudu ficou sem ninguém, ele chora, tem pesadelos”, conta a testemunha.
A irmã disse que, dias antes do dia do crime, a vítima pediu que cuidasse dos filhos. Principalmente da “princesinha”, pois ela não viveria muito. “Edésio não vai deixar”, disse à irmã.
A vizinha e amiga de infância da vítima, Greice Neri Campos dos Santos, também foi ouvida. A filha mais velha de Josilaine, Carol, ligou para ela logo após ver o acusado matar sua mãe a facadas. A mulher e os 3 filhos estavam dormindo na mesma cama, quando o homem se aproximou a passou a esfaquear a mulher.
“Ela disse que não gritou porque o pai ameaçou matar as crianças se gritassem. Ela contou que ele mandou que fossem para o quarto e ficassem lá”, lembrou a testemunha aos prantos.
Greice disse que a menina sempre ficava na sua casa e foi ela quem ligou por chamada de vídeo, mas não conseguiu falar nada. Logo em seguida, a mulher e o marido saíram na rua para irem até a casa da vítima, quando ouviram pedido de socorro.
Ouvi aquele socorro doído, ela com os irmãozinhos um em cada mão. [...] Eles falavam coisa com coisa, acho que porque estavam muito abalados após verem a mãe sendo morta. Para mim que moro ali perto é um vazio, uma tristeza, imagina para eles”, narrou a testemunha.
O caso
Josilaine Maria Gomes dos Reis era técnica de enfermagem e foi morta a facadas pelo marido, no dia 6 de outubro de 2021. O crime ocorreu em frente aos 3 filhos do casal e ela morreu ainda na casa.
Após o crime, o homem se esfaqueou, mas sem gravidade. Ele foi preso e confessou o feminicídio.
As crianças são criadas pelos avós.